Fabaceae

Swartzia prolata R.S.Cowan

EN

EOO:

1.625,346 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência no estado do PARÁ, nos municípios de Belterra (Torke 1353) e Santarém (Fróes 30928).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Critério: B1ab(i,iii)+2ab(ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Árvore de até 8 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Conhecida popularmente como fava-ingá, foi coletada em Floresta de Terra Firme associada a Amazônia no estado do Pará, municípios de Belterra e Santarém. Apresenta distribuição restrita ao Rio Tapajós, EOO=1313 km², AOO=24 km² e três situações de ameaça. Apesar de registros realizados dentro de duas Unidades de Conservação, ambas são de uso sustentável e preveem exploração de recursos naturais dentro de seus limites. O estado do Pará comprende atualmente área focal da Arco do Desmatamento (Lapig, 2018), além de representar polos exploratórios para mineração (Enríquez e Drummond, 2007) e estabelecimento de barragens (Fernside, 2016), particularmente nos seus rios de grande porte, como é o caso do Tapajós. O município de Belterra, apesar de possuir parte da Reserva Extrativista Tapajós-Arapuins inserida dentro de seu território, perdeu cerca de 22% de seu território outrora florestado para o desmatamento, além dos cerca de 30% convertidos em lavouras de soja (Lapig, 2018). Assim, a espécie foi considerada Em Perigo (EN) de extinção, pela sua distribuição restrita, três situações de ameaça e declínio contínuo em EOO, AOO e extensão e qualidade de habitat. Recomenda-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Manejo e avaliação do estado das populações dentro das UCs de uso sustentável) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2015
Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Neotrop. Monogr. 1.110. 1968

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Terra-Firme, Cerrado (lato sensu)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com 8 m de altura (Cordeiro 1380), que habita a Amazônia, na Floresta de Terra Firme e no Cerrado (lato sensu) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Swartzia in Flora do Brasil 2020 em construção, 2018. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB19183 (acesso em: 24 de setembro 2018)

Reprodução:

Detalhes: Foi coletada com frutos nos meses de agosto (Fróes 30928), setembro (Marinho 1259) e fevereiro (Cordeiro 1380).
Fenologia: fruiting (Aug~Fev)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2 Agriculture & aquaculture locality,habitat past,present,future regional high
O município de Belterra, apesar de possuir parte da Reserva Extrativista Tapajós-Arapuins inserida dentro de seu território, perdeu cerca de 22% de seu território outrora florestado para o desmatamento; o município possui ainda cerca de 30% de seu território recoberto por lavouras de soja (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig.html (acesso em 11 de junho 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.2 Dams & water management/use locality,habitat past,present,future regional high
De acordo com Fernside (2016), o Brasil tinha, até Maio de 2015, 15 barragens “grandes” (definidas no Brasil como barragens que possuam > 30 MW de capacidade instalada) instaladas na região da Amazônia Legal com reservatórios preenchidos. Outras 37 “grandes” barragens estão planejadas para serem construídas ou em construção, incluindo 13 barragens ainda não preenchidas que foram incluídas no Plano de Expansão de Energia do Brasil 2012-2021 (Brasil, MME, 2012.) A retração econômica do Brasil desde a publicação do referido plano resultou no alongamento dos horizontes de tempo para vários desses 62 projetos, mas o plano 2014-2023 ainda prevê a construção/ estabelecimento de 18 represas na bacia amazônica em seu plano para os próximos 10 anos (Brasil, MME, 2014).
Referências:
  1. Fearnside, P.M., 2016. Environmental and social impacts of hydroelectric dams in Brazilian Amazonia: implications for the aluminum industry. World Dev. 77, 48–65.
  2. Brasil, MME (Ministério das Minas e Energia), 2012. Plano Decenal de Expansão de Energia 2021. Brasília, DF, Brazil: MME, Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 386 pp. http://www.epe.gov.br/PDEE/20120924_1.pdf
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying locality,habitat past,present,future regional high
The state of Pará is currently one of the most ‘geodiverse’ in Brazil and in the world. The worldclass quality and size of its deposits — iron, bauxite, manganese, copper and nickel — support this statement. Metal mining is one of the strongest and most promising sectors of the economy of Pará, and is capable of fostering regional economic growth (Enríquez e Drummond, 2007)
Referências:
  1. Enríquez, M.A.R.S., Drummond, J.A., 2007. Social-environmental certification: Sustainable development and competitiveness in the mineral industry of the Brazilian Amazon. Natural Resources Forum 31: 71–86.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown